quinta-feira, 2 de junho de 2016

Governo quer impeachment resolvido 'o mais breve possível', diz Padilha

Ministro da Casa Civil deu entrevista coletiva no Palácio do Planalto.
Senado está na fase de definir cronograma do processo contra Dilma.

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, declarou nesta quinta-feira (2), após participar de cerimônia no Palácio do Planalto, que o governo do presidente em exercício Michel temer defende que o processo de impeachment da presidente afastada Dilma Roussef seja resolvido “o mais breve possível” no Congresso Nacional.
Dilma está afastada do cargo desde 12 de maio, quando o Senado aprovou a admissibilidade do processo. Atualmente, os senadores da comissão que analisa o pedido de impeachment estão na fase de definir o cronograma para o andamento do processo.
“Se consultássemos a cada cidadão, ele diria que quer, sim, definir logo [o processo] e que este período de transitoriedade [do governo Temer] acabe. Se formos perguntar ao governo afastado, por óbvio. Para nós, governo Temer, interessa, sim, que [o processo] seja [resolvido] o mais breve possível, obedecendo as regras fixadas pelo Supremo Tribunal Federal”, declarou Padilha.

GOVERNO TEMER
Presidente em exercício

Durante a entrevista desta quinta, no Palácio do Planalto, Eliseu Padilha também foi questionado sobre se Temer pretende recriar o Ministério do Desenvolvimento Agrário.

O ministro, um dos principais conselheiros políticos de Temer, acrescentou ainda que "preocupa" o governo a possibilidade de senadores que votaram a favor da admissibilidade do processo votarem contra o impeachment de Dilma. Ele, contudo, fez questão de destacar que o placar da votação "só deverá ser conhecido 24 horas antes".
Um dos responsáveis pela interlocução do Palácio do Planalto com o Congresso Nacional, o peemedebista gaúcho declarou ainda que o governo tem acompanhado as manifestações de senadores que sinalizam a possibilidade de votar contra o impeachment, mesmo tento se posicionado a favor da admissibilidade.
Ao ressaltar sua “experiência com mais de duas décadas de convivência com o Congresso”,Padilha declarou também que  na política, "uma hora é uma eternidade".
“E nós estamos há 60 dias [da votação], mais ou menos. Portanto, vamos ouvir até lá muitas manifestações – ainda que em tese não estávamos esperando –, mas isso acontece. Agora, há, na minha visão, um termo positivo que foi visto na votação na Câmara e no Senado que foi a expressão da vontade do povo”, acrescentou – dos 513 deputados, 367 votaram pelo impeachment; no Senado, 55 dos 81 optaram pela admissibilidade.
Reforma ministerial
Nesta quarta, o presidente em exercício recebeu a Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL) e, no encontro, o movimento social pediu ao peemedebista que recrie a pasta, transformada em uma secretaria inicialmente subordinada ao Ministério do Desenvolvimento Social e, agora, deslocada para a Casa Civil.
Segundo Padilha, que passou a chefiar as secretarias responsáveis pelas políticas de reforma agrária, Temer disse no encontro com a FNL que, após a decisão do impeachment pelo Senado, e se for confirmado o afastamento de Dilma, “pode” analisar o pedido.
“Ou seja, pode ser uma reforma ministerial? Pode. Mas poder não significa que vai ter”, afirmou.
Edição: Felipe matoso.
Postagem: Bruno Santos.

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